OBSERVATÓRIO DO ENSINO SUPERIOR PAULISTA

APRESENTAÇÃO

A Coordenadoria do Ensino Superior, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, oferece à Sociedade o acesso rápido a dados do sistema de ensino superior paulista, tendo como base o Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Instituto de Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC).

Para ampliar a difusão dessas informações e oferecer outras perspectivas para sua análise, foi criado o OBSERVATÓRIO DO ENSINO SUPERIOR PAULISTA, que projeta representações cartográficas e infográficas, por meio de mapa do estado de São Paulo e dashboards dinâmicos, trazendo um diagnóstico das Instituições de Ensino Superior (IESs) pelo estado de São Paulo, a partir dos microdados do Censo da Educação Superior.

A visualização da distribuição das IESs paulistas nas 16 regiões administrativas, incluindo a região metropolitana de São Paulo, seus dados e a correlação com a densidade demográfica, expressa em linguagem numérica, gráfica e cartográfica, possibilita avaliar a realidade das IESs paulistas no contexto nacional e facilita ações políticas específicas, de modo articulado com a economia da região, suas características geopolíticas e sociais.

O OBSERVATÓRIO DO ENSINO SUPERIOR PAULISTA foi elaborado de acordo com o conceito dos mapas diagnósticos dinâmicos que reúnem a representação gráfica, cartográfica e georreferenciada. Desse modo, as representações aparecem em diferentes níveis territoriais, de acordo com o interesse do usuário, numa dada escala, no mapa do estado de São Paulo, segundo regiões administrativas e municípios. Esta plataforma possibilita ao usuário a navegação lógica, segundo as variáveis escolhidas em filtros, com cruzamento de informações, entre elas: o número de IESs; - o número de vagas, - o de matrículas, - a relação entre vagas e habitantes; - entre matrículas e habitantes; - a localização das IESs.

A barra de menu principal da plataforma é composta por três botões de hiperlinks: a) Mapa Dinâmico, que propicia a montagem de cartogramas e alguns infográficos a partir da informação escolhida; b) Estatísticas, em que é possível gerar infográficos a partir de cruzamentos dos dados quantitativos disponíveis no banco e c) Sobre o Observatório, no qual estão disponíveis orientações para a utilização da plataforma dinâmica e suas particularidades.

O OBSERVATÓRIO DO ENSINO SUPERIOR PAULISTA difere de iniciativas semelhantes, uma vez que lança o olhar exclusivamente ao ensino superior no estado de São Paulo, com destaque para as IESs estaduais (USP, Unicamp, Unesp, Univesp, Centro Paula Souza - FATECs, Famema e Famerp), apresenta granularidade alta da informação, atingindo as escalas do município e das próprias IESs, e, sobretudo, possibilita correlações amplas de dados do Censo do Ensino Superior do Inep.

COMO FOI ELABORADO O OBSERVATÓRIO DO ENSINO SUPERIOR PAULISTA

O observatório é composto por informações em polígonos que se integram conformando representações cartográficas, utilizando a tecnologia de gerenciamento de banco de dados SQL Server, filtrando os dados das IESs do Estado de São Paulo. Utiliza-se ainda aplicação Web com base nas tecnologias ReactJS e NodeJS, e um conjunto de rotinas, padrões e funções de programação para alimentar a aplicação, com a API (Application Programming Interface) na tecnologia GraphQL, enquanto o banco de dados é composto pelos microdados do Censo da Educação Superior (Inep/MEC). Os dashboards possibilitam visualizar de forma dinâmica, os dados elencados fazendo a comparação entre o Brasil, o Estado de São Paulo, as regiões administrativas e os municípios, respeitando o nível hierárquico superior.

As implantações cartográficas consistem em dois tipos: a) zonal, em que é aplicado determinado matiz sobre uma área representando uma informação e b) pontual, quando é indicada, através de pontos dispostos pelo mapa da aplicação a localização aproximada de cada IES. A variável visual matiz é empregada na plataforma de duas maneiras: a partir da variação de intensidade e segundo o valor nas implantações zonais. Isso significa que a variação de matiz ocorre a partir de tonalidades análogas, em que algumas se destacam mais do que outras, e nesse sentido os valores são atribuídos às classes, destacando determinadas áreas no mapa; ou indicando variações nominais para tipologias diferentes de instituições nas implantações pontuais, portanto, pontos com cores diferentes representam categorias de IESs diversas.

A valorização de classes para variação do matiz utiliza a metodologia Jenks que, segundo GIRARDI (2008), busca minimizar as variações dentro das classes enquanto maximiza as variações entre as classes, ou seja, os agrupamentos destacam as mudanças abruptas e valorizam quebras naturais em classes que se conformam sobre os valores que mais repetem.

OBSERVAÇÕES SOBRE A PLATAFORMA

1. O observatório pode ter um tempo de acesso inicial mais prolongado devido ao número de dados a serem carregados pela aplicação e, em decorrência do hardware e da velocidade da internet utilizados pelo usuário. Se necessário, o zoom do navegador deve ser ajustado para melhor visualização da plataforma;

2. A contagem do número de instituições e a distribuição do número de vagas das IESs paulistas estão agrupadas, conforme os dados do Inep, de acordo com as mantenedoras, ainda que muitas compareçam em mais de um município. Na aplicação, as estatísticas preservem a contagem do Inep, na medida em que, no georreferenciamento, o alcance espacial das IESs é respeitado;

3. Nos municípios existe um nível de generalização no georreferenciamento, quando se refere à localização das IESs. Essa ocorrência faz-se necessária para evitar a sobreposição e o ocultamento de dados, a depender do zoom aplicado. Contudo, em municípios de área reduzida e com alta concentração de IESs, alguma sobreposição parcial pode ocorrer;

4. No mapa dinâmico, as localizações das IESs foram dispostas a partir do geoprocessamento dos endereços e o nome das instituições fornecidas pela API Geocoding da Plataforma do Google Maps, e as informações foram revisadas pela equipe;

5. No que se refere ao número de vagas dos cursos na modalidade de ensino à distância, há uma concentração de vagas, segundo o município onde essas foram consolidadas, geralmente nos municípios sedes das mantenedoras;

6. Quando escolhida a IES, suas informações serão fixadas nos dashboards, enquanto a representação cartográfica se restringe à sua geolocalização;

7. A contagem dos números totais de vagas e matrículas se refere à somatória dos cursos presenciais e à distância, bem como dos cursos sequenciais.

AGRUPAMENTO DAS VARIÁVEIS DA PLATAFORMA

O observatório possibilita a análise de 109 variáveis agrupadas em categorias dispostas de maneira gráfica e numérica.

As variáveis utilizadas estão divididas nas seguintes categorias:

REFERÊNCIAS

GIRARDI, Eduardo Paulon. Proposição teórico-metodológica de uma cartografia geográfica crítica e sua aplicação no desenvolvimento do atlas da questão agrária brasileira. 2008. 347 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2008. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/105064.